terça-feira, 1 de setembro de 2009

TRANSEGUN (2003)

O espetáculo teatral TRANSEGUN é a primeira encenação do projeto de resgate da obra dramatúrgica de autores negros desenvolvido pelo Grupo Caixa Preta.
A dramatização da obra do poeta e dramaturgo Cuti resulta em uma produção onde o ator, o autor, o diretor e o produtor negro se expressam: A obra de arte como um espaço de reflexão e não como retrato de um gueto, isolado, a parte do contexto geral da sociedade.
Essa proposta de negros feita para negros vai de encontro a uma conjuntura aonde fatores sociais, econômicos e culturais provocam a baixa estima e a ausência de identidade do negro no contexto que está inserido.
O Grupo Caixa Preta retoma e aprofunda uma idéia que teve poucas iniciativas e realizações até hoje, como, por exemplo, o Teatro Experimental do Negro (TEM), no Rio de Janeiro ou o Floresta Aurora, em Porto Alegre.
O espetáculo TRANSEGUN conta a história de grupo de teatro formado somente por negros e que, devido ao falecimento de um dos seus componentes, contaminado pelo vírus da AIDS, abre as portas para que a substituição seja feita por um ator branco. A partir daí, o conflito da história é desencadeado, desnudando os preconceitos ainda embutidos neste extrato social que luta por igualdade e pelo fim da discriminação.
TRANSEGUN é um diálogo ético-intelectual com a questão da negritude por meio de uma estética que retoma elementos da tradição e da cultura negra, uma encenação dramática consciente e instigante, um canto de luta, cheio de poesia, gozo e dor.

Temporada de estréia: Junho de 2002
Local: Teatro de Câmara Túlio Piva


Ficha Técnica:

Direção: Jessé Oliveira
Elenco: Anderson Simões, Adriana Rodrigues, Glau Barros, Júnior Menerosa, Marcelo de Paula, Márcio Oliveira, Nina Fola, Paulo Adriane e Vera Lopes
Figurino: César Terres
Iluminação: Jacka
Divulgação: Delta V Produções

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